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O mito do diafragma

O mito do diafragma

Alguma vez você já deve ter ouvido as seguintes afirmações: “O cantor tem que cantar com o diafragma”, ou “o cantor tem que respirar com o diafragma”, ou “para cantar tem que usar o diafragma”.

Ok, nosso corpo realmente está todo envolvido na atividade do canto, mas porque essa deferência com o diafragma?

Vamos desmistificar o diafragma!

Qual seria a utilidade de um músculo existir no nosso corpo para ser utilizado só no canto? A função original das pregas vocais não diz respeito à fala, muito menos ao canto, então ainda não chegamos nesse nível de evolução biológica.

O diafragma é um músculo em forma de cúpula que separa os órgãos vitais (coração e pulmões) das vísceras e ele está, de fato, associado à respiração (de todas as pessoas, não só dos cantores).

Quando inspiramos, o diafragma se contrai e comprime as vísceras, assim liberando espaço para que os pulmões se inflem. Quando o diafragma relaxa e volta à sua posição original, o ar é expelido dos pulmões. O fato é que isso acontece sem que precisemos pensar no assunto, todos respiramos, mesmo quando estamos inconscientes (dormindo, por exemplo), o que faz do diafragma um músculo de contração e descontração involuntária.

A diferença dos cantores para as outras pessoas, nesse assunto, é que os primeiros precisam ter mais “controle” da respiração. O ar é o “combustível” da voz, por isso é muito importante para o profissional da voz ter consciência de todo o processo respiratório, o que inclui o diafragma. Por ser um músculo involuntário, tentamos controlá-lo através dos músculos que estão à sua volta, como os abdominais e intercostais.

Em resumo, o cantor utiliza o diafragma como todas as pessoas, a diferença é que ele tem um pouco mais de consciência e controle sobre ele!

 até mais,

André Estevez

 

 

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